Se já tentou de tudo neste site e meses depois não está melhor, o que poderá fazer agora?

Nem todos os doentes com sintomas funcionais e dissociativos melhoram.

Algumas pessoas têm uma vulnerabilidade maior e persistente a toda uma variedade de sintomas funcionais. Parece que, assim que um sintoma melhora, outro novo aparece para substituir o anterior. Esse tipo de situação pode ser particularmente desmoralizante para a pessoa. Com frequência, começam a sentir-se hipocondríacos porque estão sempre no médico, e os exames geralmente são normais.

Se o seu médico e os outros profissionais de saúde tentaram o seu melhor e você enquanto doente também tentou o seu melhor, então os seus sintomas poderão ser crónicos e poderá ter que aprender a viver com eles.

Isso não significa os sintomas ficarão para sempre. À medida que se envelhece, os sintomas podem desaparecer.

Para os médicos isto às vezes pode ser difícil de explicar. Às vezes, eles acham que, porque não há danos que os pacientes devem sempre melhorar. Isso não é sempre verdade.

Não se sinta culpado por ainda não ter conseguido melhorar. Pode acordar com o médico que o segue consultas periódicas para ir monitorizando a situação. Pode ser importante, por exemplo, otimizar a medicação e monitorar a sua sensação de bem-estar geral.

Numa minoria de pacientes (menos de 5%), a razão pela qual eles não melhoraram prende-se com o facto do diagnóstico estar incorreto. Embora às vezes seja importante rever o diagnóstico, para a grande maioria dos pacientes, tentativas repetidas e frustradas de procurar um diagnóstico alternativo, quando já têm um diagnóstico correto de um distúrbio funcional, também pode ser altamente prejudicial. Para muitas pessoas, esses exames ou consultas repetidos são uma das razões pelas quais elas não melhoraram. É compreensível que os pacientes sintam que o sintoma deve ser causado por uma doença como a esclerose múltipla ou a doença de Parkinson, especialmente quando essas são doenças de que todos já ouvimos falar. Mas como poderá começar a tentar melhorar de algo quando não tem confiança de que o diagnóstico está correto?

É nesse momento que é importante que o seu médico possa explicar como o diagnóstico foi feito. Deveria ter sido feito com base em características positivas dos sintomas típicos de sintomas funcionais ou dissociativos. Leia a página sobre diagnóstico incorreto se quiser ler mais sobre isso.