Em situações de limitação física, por exemplo por fraqueza, dor ou fadiga, como ocorre nas doenças funcionais, repensar as estratégias de melhoria, sobretudo da capacidade de movimento, são essenciais.
Doentes com sintomas funcionais muito frequentemente sentem fadiga, défice motor ou dor, que agrava com o exercício físico. Ao contrário da fisioterapia tradicional, em que o doente é incentivado a focar-se no membro afetado e a decompor o movimento, de modo a aprender esse movimento de novo, nas doenças funcionais a estratégia passa por desviar a atenção do membro afetado.
Assim, por exemplo, poderá ser mais fácil para um doente com doença funcional correr numa passadeira ou bicicleta, comparativamente a andar a pé em terreno plano.
Para ultrapassar estes sintomas, é recomendado que a a intensidade da atividade física seja aumentada muito gradualmente para que não haja retrocessos no processo.
Para muitos doentes com doença funcional, o que acontece é que num dia em que se sentem melhor acabam por fazer todas as tarefas que deixaram pendentes quando se sentiam doentes, e acabam por mais tarde se sentir novamente pior e cessar toda a atividade. Recomenda-se ainda que reiniciem a atividade que mais gostam de fazer, como forma de incentivo.
Os princípios da reabilitação são o reconhecimento de que provavelmente estará a esforçar-se demasiado nos dias bons e não o suficiente nos dias dias menos bons.
Defina para si mesmo uma tarefa exequível, como caminhar até uma loja ou fazer as tarefas domésticas. Faça algo que seja um pouco menos do que faria num dia em que se sinta no máximo mas sempre algo mais do que a atividade que leva a cabo nos dias em que se sente pior.
Se mantiver sempre um nível CONSTANTE de atividade diariamente, é esperado que após algum tempo, este MESMO nível de atividade o faça sentir um pouco menos cansado, e desencadeie cada vez menos dor.
Continuará a sentir dias em que se sentirá de volta a “um beco sem saída”. No entanto, se lentamente notar algumas melhorias, esse é o ponto fundamental para acreditar que é possível reverter os sintomas.
Tudo isto é ‘mais fácil dizer do que fazer’.
Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais são muito úteis nestas situações. Estes profissionais estão acostumados a lidar com as limitações do dia-a-dia dos seus pacientes, independentemente da sua causa. Podem estabelecer um programa de exercícios específicos para os seus sintomas em particular e ajudá-lo(a) a lidar com estes. O exercício físico tem demonstrado extraordinário benefício em doentes com fadiga ou dor crónica.
Estes tratamentos podem ainda ter um papel crítico no auxílio no regresso ao trabalho.
Também os psicólogos podem ser úteis ao ajudá-lo a lidar com os inevitáveis ‘altos e baixos’ que ocorrem durante este tipo de processo de reabilitação.
O que frequentemente corre mal é o facto da atividade física poder aumentar os sintomas numa fase inicial, causando desmotivação ou insegurança quanto a um eventual agravamento dos sintomas (preocupação com uma lesão definitiva). É importante reforçar que não estará a causar mais lesão óssea ou muscular.
Eventualmente, o que se espera é que quanto mais atividade se leve a cabo melhor o paciente se sentirá.
Para recomendações detalhadas quanto a fisioterapia para doenças funcionais motoras clique no link ao lado aqui que o leva a um artigo de 2014 escrito por fisioterapeutas, neurologistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais e psiquiatras.
Se desejar poderá partilhar estas informações com o seu fisioterapeuta para juntos encontrarem o melhor tratamento para o seu caso.
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